sábado, 31 de dezembro de 2016

UM BOM DIFERENCIAL




Mais um ano então, minha gente?


É isso mesmo, nada demais!
Nunca é uma grande coisa, na verdade, apenas a renovação da esperança, coisa que não há como não sentir quando chega o dia 31/12 ~ a menos que tu seja judeu ~


Que você tenha saúde, comida, um dicionário, curiosidade e um pouco menos de inocência em acreditar naquilo que a internet nos diz.


Acho que esse será o diferencial daqui pra frente: CORAGEM.


Sejamos corajosos para questionar aquilo o que nos obrigam a acreditar e mais corajosos ainda pra pensar diferente da maioria.


Coragem pra colocar em prática aquela atitude que fica só no pensamento e pra ser aquilo que realmente se é.


Coragem pra sentir o que o peito nos diz que é importante, que às vezes tranca na garganta e segura o choro sincero. 


Coragem pra pensar além do óbvio, fora da caixa e aceitar as diferenças que o mundo nos mostra.


Coragem pra ser honesto, minha gente!


Sejamos corajosos. Acho que dá.
Ah, dá sim!


Um beijo!

terça-feira, 25 de outubro de 2016

CALMA! ESTÁ TUDO BEM!



É gente, o blog está desatualizado, mas não por falta de ideias ou de tempo, mas por aquela simples auto-sabotagem que faço em pensar sempre:

- Que grande ideia!!! Vou publicar sobre isso!


Passados 15 minutos:


- Que porcaria!!! Só eu mesmo pra pensar numa droga dessas...burra!


É o que me acontece sempre, mas nos últimos meses tem sido pior. 

Espero que isso não atrapalhe o fluxo dos pensamentos de vocês, mas também, não é nada demais!

Grande abraço!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

POSIÇÃO FETAL E LÁGRIMAS EM MAQUINÉ/RS









Aqui sentada em frente ao computador, tentando discernir meus sentimentos sobre o que vi ontem ao visitar a casa onde meus avós paternos e minha tia moravam.
Maquiné-RS, Brasil – 28 de agosto de 2016.
 
Dia 30 de julho1994 meu avô Antônio Machado faleceu em decorrência de um câncer no pulmão e em 22 de junho de 2012 minha avó Aracy, sua esposa, faleceu após uma parada cardíaca. Até fevereiro deste ano, 2016, minha tia morou lá sozinha e tentou cuidar da casa como pode, tarefa bem difícil pra quem trabalhava mais de 12 horas diárias.
Ela não conseguiu mais ficar lá, eram muitas contas, muito trabalho, pouco dinheiro e pouco tempo pra manter um terreno tão grande. Então ela se mudou pra Cachoeirinha para morar com minha outra tia e com minhas primas.

Desde fevereiro a casa estava fechada e ontem, após a comemoração dos 97 anos da bisavó do meu marido em Itati-RS, Brasil – município vizinho de Maquiné – resolvi passar ali pra ver a casa, rever o lugar onde passei tantas férias de verão, tantos natais e tantas viradas de ano. Eu sabia que ela estaria abandonada, com a grama transformada em mato e com mais rachaduras do que da última vez que fui lá, mas o que vi foi de chorar.
O portão de madeira foi colocado abaixo, a porta principal da cozinha foi forçada até quebrar os marcos, a estante da sala que não pode ser trazida na mudança estava com algumas portas quebradas, a cama que também não pode ser trazida estava atirada num canto, também quebrada e a casa inteira estava com ar de invasão.
Alguém foi até lá pra invadir o lugar que antes nos acolhia, olhei para os lados surpresa com o vazio físico e junto, senti o vazio de quem já se foi. O vazio daquilo que nunca mais teremos de volta, afetos que foram violados com a presença de pessoas mal-intencionadas e vândalas.

Não foi só pela propriedade que fiquei chocada. Não ver ali nada que pudesse me remeter aos afetos passados doeu muito, já não há mais ali o sentimento de amor que sempre tive dos meus avós. Tudo foi embora, invadido e vandalizado. O tempo estragou as paredes, o telhado e a pintura. Pessoas estragaram móveis e o pouco que ficou da lembrança dos meus avós.

Eu esperava chegar ali e ver tudo trancado, na esperança de não ver nada por dentro e manter maculado o ambiente familiar que estava na minha lembrança. Queria apenas ver o mato em volta, ver tudo trancado e criar uma esperança de ter dinheiro pra reformá-la um dia ou apenas ir lá em outro momento pra cortar a grama e limpar o pátio.
Cheguei e tudo estava aberto, sujo, depredado, violado. Senti que meus afetos foram violados, que a vida inteira de trabalho e dedicação dos meus avós foram violados. Queria chegar lá e sentir saudade, quem sabe me permitir chorar pela saudade, mas não. Senti raiva, decepção, falta de respeito e muita dor.

É isso que estou sentindo agora, dor. Não dormi bem essa noite e de quebra, sonhei com meus avós. Não lembro o conteúdo do sonho, mas ainda me sinto violada e triste.
Quando já estávamos saindo da casa, uma amiga da minha avó passava pela rua, ela viu meu choro e ofereceu um abraço. Inês é o nome dela. Conversamos um pouco, agradeci o apoio e ela foi embora.
 
Não quero terminar esse texto com tristezas, gostaria de lembrar coisas que nos faziam felizes e que acredito ser muito parecido com o que vocês, leitores, guardam em suas memórias sobre seus avós.
 

Chegada na casa com buzinaço e cachorrinhas pulando, abraço apertado pelo tanto de tempo que não nos vemos, malas soltas no corredor, vó correndo pra lá e pra cá pra servir o café, vô fritando peixe pra acompanhar o café, primos correndo e enchendo o saco dos adultos, tia mostrando pra criançada como as cachorrinhas são inteligentes, pão caseiro e chimia de banana, “vó, tem Nescau?”, pai, tios e vô tocando reis, cachaça antes do almoço, arroz com galinha no almoço, vinho pra acompanhar a italianada, tias e primas revezando a louça e o varrer da casa, doces caseiros da vó depois do almoço, futebol no campo do lado de casa, primaiada enchendo o saco dos adultos pra tomar banho no rio, adultos cedendo e levando a criançada no rio, merengue de forno e suco de tarde, desenhos e brincadeiras no pátio, vó costurando roupas pra gente, vô criando pião no torno, chimarrão com rapadura caseira, roupas de cama e colchões espalhados pela casa, “onde vou dormir”?, “vamos na praia?”, “vó, dá mais doce?”, “tá na hora de ir embora!”, abraço na vô, no vô e na tia, carro cheio, abraços, beijos, risadas, abanos, buzinaços, “vão com Deus e boa viagem!”, “te amamos!”.
 

 

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

AMIZADE: REVISITANDO CONCEITOS








Pra você que acabou de clicar no link, por favor, me responda:


O que significa SER amigo?
Quais características um amigo devem ter?
Quais características um amigo não devem ter?
Como se dá a relação de amizade entre duas pessoas?
O que faz uma amizade terminar?

 
Parecem questionamentos idiotas, não? Pois é, eu também achava, até que uma situação inusitada me aconteceu hoje.

 
Sou muito leal às amizades que tenho, acho importante e sadio manter por perto as pessoas queridas que a vida nos dá, aquelas que aparecem de graça e ganham o teu coração. Acho incrível o elo de amor que liga pessoas aleatórias e vincula sentimentos de lealdade sem que haja um contrato ou um acerto entre as partes. O coração faz isso. Os afetos fazem isso. E é de graça.

 
Manter os amigos é algo natural, feito de coração e com simplicidade, não requer esforço, MAS, algumas vezes chega o momento em que, da mesma forma que nossos amores merecem um fim, algumas amizades também merecem e saber o momento certo desse término é bem difícil.

 
O que já era uma dúvida há tempos hoje mesmo teve sua definição.


Sobre o acontecimento de hoje, fiquei perplexa e profundamente chateada, tão chateada que não consegui me concentrar pra escrever. Foi mais fácil apertar o botão da câmera e fazer um vídeo.


Assista e comente sua opinião.
Grande abraço!

 






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quinta-feira, 28 de julho de 2016

ENTRE JPEG'S E AFETOS



Quando eu era criança, era comum nos momentos livres em família, buscarmos os álbuns de fotografias para olhar as aquelas que meus pais guardavam da gente. Eram sempre as mesmas, já que tirar fotos não era tão trivial como é hoje em dia.

Meu irmão e eu olhávamos nossas fotos quando bebês, as do casamento dos pais, aquelas da festa junina do colégio, as do CTG que tinha na esquina de casa, aniversários dos primos e outras mais. Mesmo que já tivéssemos olhado várias vezes as mesmas fotos, a gente sempre achava muito engraçado.

Essa semana resolvi organizar os arquivos do meu computador e achei inúmeras pastas de fotos, pastas e mais pastas! Pois é, encontrei as que eu queria ver e também aquelas de cinco ou dez anos que já nem lembrava que tinha batido. Olhei uma por uma, fiquei horas olhando todas as pastas e organizando tudo, mas dessa vez eu não achei apenas graça, não aquela que eu achava quando criança, mas a GRAÇA DA VIDA!

Sim, senti algo razoavelmente novo, a graça de poder olhar para o passado e lembrar dos sentimentos que tive ao bater algumas fotos e ser modelo em outras. Senti de novo as emoções daqueles momentos registrados e a graça da vida que falei era justamente a emoção de perceber quem eu era e no que me transformei.

É incrível esse sentimento, sério! Foi como acessar a linha do tempo dos meus pensamentos e sonhos fazendo um link com o que penso e sonho nos dias de hoje. Pude ver com clareza aqueles pensamentos rasos e no que eles se transformaram, quais ideologias eu acreditava e que hoje já não acredito tanto, pessoas que eu confiava, amava e defendia, mas que hoje já nem sei onde moram. Confesso que um pouco de tristeza passou pelo coração nesse momento, gostaria de ainda ter presente tantas pessoas que já não estão mais comigo. Gostaria até de ainda acreditar em algumas daquelas coisas que já não acredito mais.

Não senti aquela nostalgia clichê que muita gente relata quando olha pro passado, mas seria bom sentir de novo um pouco daquilo que estava presente nesses registros fotográficos.

        Na infância eu olhava as fotos e ria das roupas, dos cabelos, das caixas velhas em cima dos armários e de tudo que era diferente da época que eu estava vivendo. Hoje, obviamente, olho minha magreza na adolescência, os cortes de cabelo que eu já tive – Jesus! – e tantos outros detalhes físicos com o uma sensação boa. Aquilo que era engraçado foi trocado por carinho, por satisfação de ter vivido aquilo ali e até uma pontinha de orgulho pelas conquistas.

Hoje em dia já não guardamos as fotos como fazíamos no tempo do papel, deixamos tudo na memória do celular sempre a mão pra colocar no Instagram e usamos os filtros pra esconder as imperfeições, nada demais, mas, não seria interessante de vez em quando imprimir algumas?

Confesso que subestimei o poder de comoção das fotos, não dei importância quando iniciei a organização delas e comecei fazendo tudo de forma mecânica. Me enganei. Durante o processo esqueci que o intuito era organizar arquivos, viajei em mim mesma ao olhar tantas lembranças e reencontrei sentimentos que há muito já estavam guardados. Foi um momento novo dentro de antigas sensações e afetos. 

E tu aí, já deste uma vasculhada nas tuas fotos ultimamente? 

Vai lá! Dá uma olhada naquelas que estão perdidas naquelas pastas aleatórias de conteúdo acumulado. Talvez tu sintas a mesma graça da vida que eu senti, ou talvez não sinta nada demais. Pode acontecer. 



terça-feira, 12 de julho de 2016

EDUCAÇÃO E IDEOLOGIAS






Estava aqui pensando sobre educação, nada demais.

Estar na universidade nos proporciona o acesso a teóricos relevantes e inovadores do pensamento mundial atual. Teorias que podemos ou não validar com nosso próprio pensamento e análise, sem a obrigação de concordar com os teóricos.

É fácil falar que as universidades são berços esquerdistas ou comunistas, pois, estes estão acostumados com o Ensino Fundamental / Médio, onde crianças e adolescentes são obrigados a seguir regras e não possuem espaço para pensar. Pelo menos não o espaço correto para exercitar o pensamento livre. Podemos refutar, fazer uma antítese ou simplesmente, pensar sobre ela sem que necessariamente, concordemos com as mesmas.

Optar pelo pensamento esquerdista não ortodoxo não significa ter atitudes de vandalismo; é optar pelo bem comum a todos, pensar em novas possibilidades fazendo uso da liberdade e respeito. Repito: LIBERDADE E RESPEITO.



Passamos pelo menos 17 anos do início de nossas vidas sendo obrigados a seguir modelos educacionais que nos doutrinam a obedecer. Nem mesmo o respeito é ensinado, ele nos é obrigado. Crianças e adolescentes respeitam (e olhe lá!) professores por obrigação, ninguém lhes mostra o valor do professor, o motivo pelo qual ele está ali e porque ele fica na frente de todos derrubando conteúdos (muitas vezes já ultrapassado) que não entendemos sua utilidade na vida, mas somos obrigados a aprender para passar no vestibular (outro método ultrapassado para seleção candidatos).

A universidade não é lugar um perfeito, mas ainda sim, nos permite exercitar a liberdade de pensamento. Liberdade essa que julgo ser a mais importante pra qualquer pessoa.

Como eu disse antes, nada demais.

Deixo aqui um vídeo para inspirar novos pensamentos sobre o assunto.







LEANDRO KARNAL - Jornal da Cultura - Educação





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